3. Otimização do Projeto de Proteção Contra Raios
Fases da otimização de um projeto de SPDA com a nova
avaliação de riscos da NBR 5419:2015 (atualização 04/07/2016)
1. Cálculo dos riscos considerando o prédio todo como uma única zona, sem proteção externa, sem protetores de surto (DPS) e sem medidas adicionais de segurança (avisos, sprinklers, etc.):
Fazemos isso para ter a base de comparação para as otimizações, para saber de onde partimos com custo zero (o que é sempre bom!); claro, num lugar com muitos raios como em boa parte do Brasil, o risco quase sempre estará acima do admissível, a intenção é saber o quanto está acima, quais partes são críticas, e quais os tipos de risco predominantes.
Para isso, vamos necessitar de várias informações (lista reduzida):
- dados da edificação: dimensões, tipo de construção, qual a ocupação e qual sua finalidade.
- quais linhas de serviço (tipicamente energia e telecomunicações) chegam no local, se é aérea ou enterrada, se possui blindagem, se possui loops (laços) no encaminhamento.
- se existe divisão clara de áreas dentro da mesma edificação, por exemplo: escritório e fábrica.
2. Divisão em zonas:
As normas brasileira NBR 5419:2015 e internacional IEC 62305-2:2010 permitem a divisão do local em zonas; a idéia é evitar o super-dimensionamento da proteção do prédio todo se apenas uma parte for crítica - por exemplo, uma sala de servidores de uma grande empresa ou as alas de cirurgia e UTI de um hospital. Já a norma americana NFPA 780:2020 preferiu usar a abordagem mais simples da zona única.
Geralmente a divisão em 2, 3 ou 4 zonas é suficiente, embora o software Atmos Plus X1 permita até 16 zonas, e não, isso não é um exagero: um local dividido em 3 zonas físicas, com 3 variações de parâmetros (como nível de proteção, blindagem, medidas de segurança, …) cada já resultam em 9 zonas de cálculo.
3. Linhas de serviço
Na maioria das edificações residenciais e comerciais, teremos linhas de energia ou telecomunicações, porém, em indústrias, tubulações metálicas (água, gás, vapor, etc) podem também causar acidentes.
Normalmente não se tem muita escolha com linhas externas - da concessionária ou da empresa de internet - no que se refere a tipo do cabo e se é aéreo ou subterrâneo, mas podemos, além de instalar protetores de surto (DPS), modificar o encaminhamento dos cabos para evitar a formação de laços (loops), aterrar a blindagem, etc.
4. Opções de projeto
Inicialmente, o Atmos Plus X2 dispõe de 6 opções de projeto - combinações de zonas, linhas de serviços e proteção externa - para cálculo e posterior comparação da eficiência, dos custos e dos prazos da obra; caso os usuários considerem necessário, podemos ampliar esse limite facilmente, porém achamos que 6 é um bom número, mais do que isso poderia levar a um número exagerado de horas de engenharia.
Cada Local (estrutura ou área) pode ter múltiplas Zonas e múltiplas linhas de Serviços; montamos as Opções usando as Zonas que são conectadas com as linhas de Serviço:
Exceto para a opção inicial (o prédio sem proteção) todas as outras devem atender à norma correspondente, sendo a escolha final efetuada pela análise de custos.
Veja também nossa página de exemplos e documentação
1. Nova edição da norma americana NFPA 780:2020
O software Atmos Plus X2 já inclui suporte para o cálculo do risco de acordo com a nova edição, porém mantendo o suporte da norma anterior NFPA 780:2017 para efeitos de compatibilidade com projetos anteriores ou ainda em execução.
No cálculo do risco, foram modificados os parâmetros do cálculo das áreas de influência, tanto para estruturas como para linhas de serviço, aproximando-os mais da IEC 62305-2 (existe ainda uma pequena diferença); assim, não são mais necessários os dados de altura de linhas aéreas nem da resistividade do solo para linhas enterradas.
Os próximos upgrades vão incluir também o dimensionamento do SPDA para coletores de energia solar, turbinas eólicas, pistas de aeroportos, barcos e outros que só existem na NFPA (não são cobertos pela NBR 5419 ou IEC 62305).
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